Em 1997, o autor japonês Koushun Takami enfrentou uma decepção quando seu romance de estreia chegou à final do Japan Grand Prix Horror Novel, mas acabou sendo preterido. A trama, que envolve um jogo macabro entre adolescentes confinados em uma ilha, teve um impacto tão perturbador que o júri, mesmo habituado a tramas assustadoras, ficou alarmado. O enredo gira em torno de uma competição brutal onde os estudantes precisam matar uns aos outros até que reste apenas um sobrevivente, organizada pelo próprio Estado japonês, representado como uma República totalitária da Grande Ásia Oriental.
O livro, intitulado “Battle Royale”, lançado em 1999, causou polêmica e se tornou um fenômeno no Japão, vendendo mais de 1 milhão de cópias. A repercussão foi tão intensa que em um curto período foram lançadas adaptações para o cinema e mangá. O filme, estrelado por Takeshi Kitano, chegou ao Brasil em DVD, enquanto a série em mangá foi publicada entre 2006 e 2011.
A espera por uma versão traduzida direta do japonês para o português foi finalmente atendida. Agora, os leitores brasileiros podem explorar esse mundo tenso e intrigante através da tradução de Jefferson José Teixeira. O livro oferece uma experiência única e envolvente, explorando a psicologia dos numerosos personagens, cada um com sua história única que molda seu comportamento diante dos perigos do jogo pela sobrevivência.
A narrativa de “Battle Royale” destaca-se pela profundidade com que o autor aborda o desenvolvimento psicológico dos 42 estudantes envolvidos na trama. À medida que a batalha se desenrola, surgem personagens que enlouquecem, se revoltam, extravasam instintos sombrios, buscam alienação e até assumem com prazer a missão de eliminar seus colegas. Em um ambiente onde a confiança é uma mercadoria escassa, a pergunta persistente é: é possível confiar em alguém? O livro provoca reflexões sobre a natureza humana quando a violência é incentivada de todas as formas imagináveis.
Quanto à controvérsia envolvendo semelhanças com “Jogos Vorazes”, a autora Suzanne Collins afirma que desconhecia a obra japonesa ao escrever seu livro. Takami, por sua vez, optou por não processar Collins, reconhecendo que cada obra oferece algo único. A discussão sobre as semelhanças e diferenças entre as duas histórias se espalhou pela internet, envolvendo milhares de fãs.
Em resumo, “Battle Royale” não é apenas uma narrativa envolvente de sobrevivência extrema, mas também uma exploração fascinante da psicologia humana sob condições extremas. Você aprenderá mais sobre os personagens lendo o livro, mergulhando em um mundo tenso e repleto de suspense. Leia e descubra como a história se desenrola neste emocionante épico literário japonês.
Em 1997, o jornalista e escritor japonês Koushun Takami sofreu uma grande decepção. O manuscrito de seu romance de estreia havia chegado à final do Japan Grand Prix Horror Novel, concurso literário voltado para a ficção de terror, mas acabou preterido. Não era para menos. Embora habituado a tramas assustadoras, o júri se alarmou com a história do jogo macabro entre adolescentes de uma mesma turma escolar que, confinados numa ilha, têm de matar uns aos outros até que reste apenas um sobrevivente. Detalhe: o organizador da sangrenta disputa é o próprio Estado japonês, imaginado pelo autor como uma totalitária República da Grande Ásia Oriental.
O livro, intitulado Battle Royale, só seria lançado em 1999, espalhando um rastro de polêmica – vendeu mais de 1 milhão de exemplares e foi comentado no Japão inteiro. A repercussão foi tão intensa que apenas um ano depois já eram lançadas as adaptações da história para o cinema e para os mangás – mais tarde, viriam sequências tanto na tela grande como nos quadrinhos. O filme, que tem no elenco o ator e cineasta cult Takeshi Kitano, chegou ao Brasil apenas em DVD, enquanto a série em mangá completa foi publicada aqui entre 2006 e 2011.
Para alento de quem assistiu ao filme, acompanhou os mangás ou não fez nada disso – mas adora ficção juvenil de primeira linha – a última lacuna está preenchida: com tradução direta do japonês, assinada por Jefferson José Teixeira, o livro Battle Royale está à venda nas livrarias brasileiras.
A ansiedade se explica pela duradoura permanência de Battle Royale sob os holofotes. Em 2009, ninguém menos do que Quentin Tarantino chegou a eleger o filme como o melhor que viu desde o início de sua carreira de cineasta. Com o sucesso do blockbuster cinematográfico Jogos Vorazes, não faltaram leitores e espectadores do mundo todo acusando a norte-americana Suzanne Collins, autora do livro em que se baseou a produção de Hollywood, de ter plagiado a história de Koushun Takami.
Apesar de o ponto de partida ser exatamente o mesmo – jovens obrigados a se matar entre si como parte de um jogo –, a escritora alega que só veio a saber da existência da obra japonesa quando o primeiro Jogos Vorazes já estava no prelo. De sua parte, Takami, cordialmente, declarou que não pretende processar Collins, por acreditar que cada livro tem algo novo a oferecer. Independentemente disso, a questão tomou conta da internet, com milhares de páginas de fãs debatendo semelhanças e diferenças entre as obras.
Um ponto comum entre muitas das resenhas é o de que em Battle Royale o autor se aprofunda com mais vigor no desenho psicológico dos numerosos personagens – a turma de estudantes tem 42 pessoas –, trazendo à tona informações sobre a história de cada um como forma de explicar seu comportamento e suas reações diante dos perigos do jogo pela sobrevivência. Na batalha de todos contra todos, há os que enlouquecem, os que se revoltam, os que extravasam os piores instintos, os que buscam se alienar – e até os que assumem com prazer a missão de eliminar pessoas que horas antes eram colegas de classe. Nesse ambiente, o fio do suspense se mantém esticado o tempo todo: é possível confiar em alguém? Do que um ser humano é capaz quando toda forma de violência passa a ser incentivada?
A tarefa de traduzir a esperada saga coube a Jefferson José Teixeira, carioca que morou no Japão durante 11 anos. Especialista em caligrafia chinesa, atua como tradutor desde a década de 1980, e exibe em seu currículo de documentários a clássicos da literatura, como A Chave (Kagi), de Junichiro Tanizaki, Miso Soup, de Ryu Murakam, Chuva Negra, de Masuji Ibuse e Norwegian Woods, de Haruki Murakami.
Para entender do que se trata o livro, você deve ler seu resumo (sinopse), resenhas, resenhas e ler citações. Tudo isso está no nosso site de livros!
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